Eles com certeza não fazem mais shorts de basquete como costumavam...

Calma pessoal... isso é só a tradução do título do primeiro álbum do Hoobastank (They sure don't make basketball shorts like they used to), que, na época, era escrito Hoobustank (mas mantendo a pronúncia atual) e é sobre ele que eu venho falar hoje.

O disco começa com a faixa Earthsick; nela já dá pra perceber que o som da banda mudou muito depois desse cd. A mensagem é basicamente contra o "progresso" que acaba por destruir o meio ambiente e tals, mas de um ponto de vista bem... peculiar... como o de alguém que volta pra sua cidade natal e não consegue reconhecer o local, de tão mudado. A música ainda conta com um pré-refrão que, traduzido, fica algo como "parem o mundo que eu quero descer"(?).

A segunda faixa, Foot in your mouth, começa com um pequeno solinho do tal do sax, e fala sobre aquelas pessoas fofoqueiras que pensam ser amigas de todos, mas na verdade não são amigas de ninguém.

Karma Patrol, a faixa que leva o número 3, apresenta guitarras um pouco mais pesadas que as do Hoobastank atual, mas a adição do saxofone (sim, ele é um elemento que faz a diferença em quase todas as faixas) meio que "quebra" esse peso, dando um ar bem engraçado pra música, cuja letra fala de destino, e aquela coisa toda de "tudo o que vai, volta", mas, apesar do tema meio manjado, é uma letra bem esquisita...

A música seguinte chama-se Stuck Without a Voice, também tem guitarras mais pesadas e é uma das poucas em que o sax fica apenas de acompanhamento, sem marcar grande diferença no geral. É também, uma das duas faixas (a outra sendo The Mirror) desse cd que de fato se parecem com o Hoobastank atual, em termos sonoros e de letras. O vocal dessa faixa especificamente, parece ter grande influência de Brandon Boyd (Incubus), sem, no entanto, ser exatamente uma cópia (mas é fato que o Incubus influenciou muito, principalmente nos vocais. Felizmente, a cada disco o Hoobastank parece estar encontrando uma identidade própria).

A número 5 é Can I Buy You a Drink. Ela tem uma levada totalmente diferente, com um ritmo bem animado. Conta as desventuras de dois caras num club, em sua busca por garotas, nas quais eles usam a seguinte cantada (que também é o refrão da música) : " Eu tenho essa fantasia, entre eu e você/Onde nós podemos passar a noite e o dia todo/Fazendo coisas que eu não posso nem falar/E na minha fantasia, seu beijo é como o céu/Então eu tentei descobrir alguma maneira/De fazer essa fantasia acontecer algum dia".

A faixa 6 tem o nome de Naked Jock Man, e tem uma levada divertida, bem agitada. Entretanto, eu não consegui entender bem sobre o que ela fala; tem algo a ver com uma alternativa mais barata para alarme de carro, o tal "Naked Jock Man" (Homem fortão pelado que protege carro? Tipo... eles tão falando de Mul-T-Lock ou o quê??? Enfim, melhor deixar pra lá). Não sei se tem alguma metáfora, ou se é pura fanfarronice mesmo, mas eu aposto na segunda...

Our Song, a faixa 7, foi a primeira desse disco que eu ouvi. Causou bastante estranhamento, já que eu não sabia como ia ficar a combinação Hoobastank+Saxofone. Fora isso, o ritmo dela também é bastante diferente do que eu estava acostumado a ouvir deles. Mas o grande "tchananam" dessa música é o solo de saxofone... "felomenal"...

E em seguida, a outra faixa que lembra o Hoobastank atual. A número 8, The Mirror. Porém, diferentemente da faixa 4, o saxofone aparece mais, e o vocal não lembra tanto o Incubus.

A penúltima faixa tem o nome de Educated Fool. É uma música bem diferente também, tem uma guitarrinha na introdução que me faz lembrar Shaft, ou coisas de perseguição policial dos anos 70. A letra é bem bobinha, fala sobre alguém que não tem interesse nos estudos, e por isso se sai mal na escola.

E, por fim , temos The Dance That Broke My Jaw, Uma música também agitada, que começa com um coro de jogadores de futebol americano, e que conta sobre um cara violento que insiste em estragar a diversão dos outros, que por fim, acaba sendo expulso de uma festa. Uma coisa interessante dessa faixa é que ela tem nove minutos e seis segundos de duração, porém apenas 4:25 são a música propriamente dita. O resto é a gravação de um trote que eles passaram para o McDonalds... XD

Enfim, é um disco bem diferente do que eu estava acostumado, com um instrumental bastante incrementado pela presença do saxofone, com levadas mais puxadas para o ska e o funk (não o funk nacional, obviamente), mas com letras ainda bem imaturas, devido até a idade deles na época. Se você for fã, ouça e perceba que o som mudou muito. Se você não curte, pode tentar dar uma chance e ouvir também, já que não tem nada em comum com as baladinhas (entenda-se The Reason).

Fui!